segunda-feira, 11 de março de 2019

O internetês e a vida real



BIJINS = BEIJINHOS
BLZ = Beleza
CD, KD = Cadê?
Craro! = Claro!
CTAÍ? = Você está aí?
Eu lovo u = Eu amo você
Kirida = Querida
MIGUIM = AMIGUINHO
NAUM = Não
Pru6 = Para vocês
RULEZ = Maneiro, legal;
Sifu que já mifu = Vai que eu já fui
T+ = Até mais, tchau
Tôka módó… = Estou com a maior dó…

Se você reparar bem, o internetês, a escrita usada pelas tribos da internet, já saiu do reduto delas (tribos) para surgir em legendas de filmes, chats de canais de tevê a cabo e aparece em comentários nos jornais, portais e blogs. Mesmo que esta mídia nem adote tal idioma.

A maioria dos “escrivinhadores” de internetês é jovem, se diverte com isso e nos faz lembrar da velha “língua do pê”, um código primário que os adolescentes falavam entre si há algumas décadas.

O que preocupa são os dados da incultura linguística brasileira. Sabemos que cada vez mais os estudantes aprendem menos. Os vestibulares nos dão provas incontestes da incompetência de muitos jovens em redigir textos, pois são incapazes de utilizar corretamente o vernáculo.

Ora, se os jovens não conseguem nem aprender a língua portuguesa, revelando-se um fracasso completo na hora de buscar um emprego, naufragando nas entrevistas e nas exposições escritas, o que dizer então dessas tribos que usam o internetês?

A vida real requer muito mais do que a língua do pê ou o internetês. O mercado profissional não se limita a exigir um português razoavelmente bem escrito e bem falado, mas também ótimos conhecimentos de no mínimo mais um idioma, como inglês, francês, alemão, japonês e agora até chinês e russo.

Acorde, jovem: para a vida real, o internetês não vale nem como primeiro, nem como segundo idioma. Provavelmente esta distorção educacional seja um dos fatores do nosso alto desemprego...
JEB

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