sexta-feira, 27 de setembro de 2019

Todos odeiam Gilmar Mendes


Geralmente há pouco consenso quando se trata de analisar alguma figura pública.
Mas uma delas irradia ódio generalizado: trata-se do ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes.
Antipático por natureza (e não faz o menor esforço para ser agradável), suas posições são sempre conflitantes com as dos seus pares mais lúcidos e, pior, na maioria das vezes são conflitantes com a linha de pensamento da opinião pública.
Gilmar Mendes são se apercebeu de que a população brasileira enviou um recado sério as nossos governantes, políticos (e seus colegas ministros do STF) no sentido de acabar com a corrupção e mandar corruptos e corruptores para a cadeia.
Agora soubemos que Gilmar Mendes tem um inimigo visceral: trata-se do ex-Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, que revelou quase ter dado um tiro no desafeto - e que pretendia se suicidar em seguida.
Conflitos à parte, deveria haver um sistema para exclusão sumária de ministros do STF que desafiam a lógica do certo e do errado, não entenderam o recado das urnas e se posicionam contra os anseios da população.

terça-feira, 17 de setembro de 2019

Um quase Muro de Berlim


Existe uma casta política que vive encastelada lá em Brasília, curtindo sonhos cor de rosa, repletos de mordomias, polpudos salários, “staff” de assessores – entre aspones e dipones – viagens aéreas sem custo, moradias sem custo, assistência médica sem custo… são verdadeiros usufrutuários da abastança que ronda o poder, um privilégio destinado a poucos.
Não bastasse a inoperância da maioria dos congressistas, que lá estão aparentemente para aprovar mais e mais regalias e benefícios em proveito próprio, nas duas casas legislativas impera o nepotismo, a contratação e a indicação de primos, irmãos, tias, cunhadas, netos…
Votações secretas e votações através de lideranças dos partidos – sem que seja necessário apertar um botão que os identifiquem – provam que ao invés de um vidro transparente para que a população possa acompanhar os seus trabalhos (se é que trabalham), existe um muro de concreto isolando os congressistas dos seus eleitores. Quase um Muro de Berlim.

domingo, 8 de setembro de 2019

CBN Londrina, a rádio que toca "reclames"

"Reclame" era o nome com que as pessoas chamavam os velhos anúncios e comerciais de rádio nas décadas de 1950, 1960 - e talvez até antes daquela época.
Pois são com "reclames" que a Rádio CBN Londrina preenche a maioria do tempo que deveria se destinar às notícias. "A rádio que toca notícias" é o que propõe o slogan da emissora.
Contrariando todas as técnicas que aprendemos nos cursos de comunicação, a CBN Londrina consegue aborrecer seus ouvintes em alguns horários matutinos com sequências de jingles e anúncios narrados que chegam a 15 ou mais sem interrupção, ocupando de sete a dez minutos seguidos. Aliás, interrupção é o que estes "reclames" conseguem, pois o operador de som local por inúmeras vezes supera o tempo que se destinaria ao noticiário, que volta já no meio da fala do apresentador.
Para quem se lembra dos primeiros comerciais de tevê, que eram imagens fixas chamadas de "getês" - antes dos filmes e desenhos animados - parece que a Rádio CBN nos faz voltar no tempo.
Uma pena! Pois para quem acompanhava o noticiário matutino da Rádio Panamericana (posteriormente Jovem Pan) em São Paulo e por um bom período a Rádio Eldorado, também daquela cidade, fica a nítida impressão de que a CBN Londrina regrediu no tempo.