sexta-feira, 29 de março de 2019

Previdência Social: há alguma coisa muito errada


Circula publicamente uma lista dos maiores devedores da Previdência Social no país (link abaixo).
A soma das dívidas ultrapassa R$420 bilhões... e alguma coisa deve estar muito errada.
Será que existe controle do INSS quanto ao recolhimento mensal por parte das empresas (lembrando que as empresas retêm a contribuição obrigatória dos seus funcionários)?
A taxação imposta pelo governo não estará muito elevada? 
A reforma da Previdência poderia ser evitada caso as empresas paguem as suas dívidas?
Qual foi o controle fiscalizador (ou descontrole) sobre os pagamentos das empresas que faliram ou estão em recuperação judicial, permitindo que os montantes atingissem patamares tão elevados?
As taxações não estarão muito elevadas?
Clique no link e veja as dívidas das 500 maiores devedoras - muitas delas você certamente conhece ou delas ouviu falar. 

https://drive.google.com/open?id=17tZgDdphuLx02AaeYK4-fyPF80x2N38h

terça-feira, 26 de março de 2019

Unbelievable!


Inacreditável! Na última eleição os brasileiros votaram explicitamente com a esperança de promover drásticas mudanças no sistema político do país. Entre estas mudanças, havia o claro desejo de enquadrar nosso legislativo no sentido de atender as demandas dos milhões que foram às ruas exigindo o fim da corrupção, dos arreglos e do toma-lá-dá-cá, principalmente para que o novo presidente do Executivo pudesse mudar os rumos do país, que visivelmente caminha em direção a um buraco negro nas finanças, no contexto social, na educação e na saúde.

Eis que assistimos novamente a repetição das lamentáveis posições que sempre nortearam a vergonhosa conduta da Câmara dos Deputados. Nota-se claramente que ao invés de legislarem para o bem comum, grande parte deles visa apenas os próprios interesses. Como é o caso do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que quer dar uma demonstração de força, se faz de melindrado, "exige" a presença do Ministro da Economia na Câmara, ofendeu o Ministro da Justiça e está bloqueando a votação da nova Previdência Social.


O que se espera é que a nova safra de parlamentares eleitos consiga mudar rapidamente este status quo tão vergonhoso que vem emperrando nosso desenvolvimento há tantas décadas.

quinta-feira, 21 de março de 2019

Encontro com Temer

(Escrito em 30/10/2018, no blog Bahr-Baridades, antes da prisão do ex-presidente)


Encontro o Temer num shopping em Sampa (terra dele e minha também). Fim de mandato, até sua segurança estava reduzida. E distraída.
Não foi difícil me aproximar dele.
- Bom dia, presidente!
- Bom dia - respondeu surpreso. - Você é jornalista?
- Não, não, não. Sou apenas um cidadão comum.
- Ah! Bom!
- O que o presidente faz sentado aqui?
- Não estou sentado, estou de pé - sua pele se ruborizou.
- Desculpe presidente, mas é que... o senhor sabe!
- Sim, sou baixinho. Nem estes sapatos especiais com salto interno me fazem ficar mais alto... droga!
- O que vai ser do senhor quando terminar seu mandato?
- O que quer dizer? - perguntou.
- O senhor não fica angustiado? O senhor sabe... assim que seu mandato terminar, seu processo acelera na Primeira Instância... sem foro privilegiado... sem regalias.
- Ah! Já pensei muito nisso. Mas tenho um plano.
Pausa.
- Assim que passar a faixa pro Bolsonaro, eu desapareço. Sabe como é, na presidência fiz muitos amigos... sumirei em algum país que não tenha tratado de extradição com o nosso. Volto quando prescrever o tempo do processo.
- Mas o senhor não acha que isso seria... tipo... uma covardia?
- Penso que não, respondeu o presidente. - Afinal, não ficaram o tempo todo gritando "Fora Temer! Fora Temer!"? Então vou atender ao pedido e cair fora. Todo mundo vai ficar satisfeito.
Pausa.
O presidente teve aquele tique usual, ajeitou sua gravata, tocou o bolso do paletó, esfregou as mãos...
- Eu não serei condenado. Não há provas contra mim - repetiu a mesma ladainha de sempre, aquela que estamos acostumados a ouvir no rádio e na tevê.
- E seus aliados de confiança? Os puxa-saco? Irão junto?
- Que aliados? O Marun? O Perondi? O Beto Mansur? Eles são uns oportunistas, assim que terminar meu mandato eles já estarão se agarrando nas tetas de outro influente... com o perdão da expressão.
- Valeu a pena, presidente?
- Sim, valeu. Deu para sentir o gostinho do poder. Deu para ganhar um dinheirinho... - seus olhos brilharam. - Deu para conhecer a linda Marcela... é muito melhor do que conviver com Eleonora Menicucci, Graça Foster, Ideli Salvatti, a Dilma... Irghhh! Todas uns bofes! Horrorosas!
- E, presidente, o senhor...
Fui interrompido. A segurança se deu conta de que eu era um intruso e rapidamente afastou Temer para distante.
Ele ainda me deu um aceno, acho que gostou de se abrir com uma pessoa comum como eu.
JEB

A censura está de volta?


Depois dos "anos de chumbo" que enfrentamos nos tempos da ditadura, quando todos os veículos de comunicação mantinham em suas dependências censores - geralmente obtusos - para controlar toda e qualquer notícia ou artigo a ser veiculado, tudo indica que o Supremo Tribunal Federal nos faz reviver aqueles tempos bem pesados.

Nesta última quinta, dia 14, o presidente do Supremo, ministro Dias Toffoli, anunciou no plenário da Corte a abertura de um inquérito para apurar "notícias fraudulentas", ofensas e ameaças a ministros do tribunal. Na ocasião, Toffoli informou que Alexandre de Moraes – ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública de São Paulo – iria conduzir as investigações. Em seguida, este autorizou as primeiras medidas que incluem busca e apreensão nas casas de suspeitos em São Paulo e Alagoas. A investigação corre em sigilo.

Se imaginarmos um gráfico no qual o tópico analisado sofre altas e quedas, é possível tecer uma analogia à nossa frágil democracia. Vivemos em um país onde a democracia não é bem uma democracia, onde a transparência que deveria existir nos três poderes não é bem uma transparência e onde os ministros do Supremo que deveriam apenas ser julgadores se arrogam o direito de instalar inquéritos, criticar e perseguir aqueles que lhes apontam os próprios defeitos e desvios de conduta. 

O inquérito foi alvo de críticas de procuradores da República que atuam na Operação Lava Jato, de juristas e até mesmo de alguns poucos integrantes do próprio STF. 

Só resta torcer para que o agora senador Jorge Cajuru, um dos ferrenhos críticos das patacoadas do Supremo Tribunal Federal, não sofra sanções, não seja processado, não seja afastado das suas funções e nem tenha seu mandato cassado. Aí, sim, os novos e pesados anos de chumbo estariam de volta.

segunda-feira, 18 de março de 2019

O diminuto Supremo


Depois das patacoadas de alguns ministros do Supremo Tribunal Federal, a palavra supremo ganhou o significado contrário. Pois um dos antônimos de supremo é diminuto.

Espera-se que os movimentos de rua consigam derrubar não só a empáfia e a arrogância destes pretensos defensores da nossa Constituição, mas também mudar a fórmula de fazê-los chegar ao cargo, trocando indicações políticas por meritocracia.


Caso se confirmem as graves acusações que pairam sobre o antipático Gilmar Mendes (enriquecimento ilícito, conluio com criminosos, protecionismo a amigos e parentes), a suprema corte brasileira, que já tem seu nome manchado graças às decisões estapafúrdias e até desonestas de outros quatro ministros, deveria ser fechada para balanço e reaberta apenas quando da substituição por novos integrantes. 


Muito provavelmente as mudanças que ocorrerem naquela tribunal se refletirão em maior agilidade, mais confiança em suas sentenças e um brutal enxugamento das despesas - inclusive no número de funcionários apaniguados, uma mordomia incabível para um país como o nosso, que mal consegue manter a cabeça à tona no meio das suas incontáveis dívidas.


Quem acompanhou o trabalho da 8.ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4) de Porto Alegre no julgamento do recurso do ex-presidente hoje presidiário, certamente se surpreendeu com a objetividade, a seriedade e a coerência do seu trabalho - em contrapartida aos longos, enfadonhos e tergiversantes discursos que ocorrem no STF. Que sirva de modelo!

terça-feira, 12 de março de 2019

Tornozeleira eletrônica: teoria e realidade


As tornozeleiras eletrônicas surgiram através de uma parceria entre o Ministério da Justiça e o Conselho Nacional de Justiça. Este dispositivo foi criado como uma forma de reduzir a lotação nas penitenciárias. Sua  tecnologia inclui um GPS para determinar a localização por satélite e um modem para transmissão de dados por sinal de celular. Todas as informações são passadas, em tempo real, para uma central de monitoramento.

O monitoramento controla o condenado que cumpre pena sem poder sair de casa e também aquele que trabalha e é obrigado a estar em casa a partir de uma hora determinada pelo juiz, geralmente à noite. Qualquer violação gera um alarme. E aparentemente é aí que reside o problema: a central de monitoramento deveria entrar em ação imediatamente para checar o preso, evitando eventuais delitos -  mas o noticiário policial está repleto de notícias sobre assaltos, crimes e até feminicídios cometidos por condenados ao uso da tornozeleira.

Até recentemente, eram cinco os estados que utilizavam esta tecnologia. A tornozeleira tem uma dimensão parecida com um celular, e peso similar. Coberta pela calça, a tornozeleira nem chama a atenção, mas tem o poder de seguir cada passo do preso. A tecnologia deveria ser de Primeiro Mundo: caso o preso tente sair e deixar a tornozeleira em casa, para enganar o sistema, ele não vai conseguir. A cinta que prende o aparelho à perna é muito resistente. E caso ele consiga cortar, há uma fibra ótica que emite um sinal o tempo todo que, se interrompido, faz soar um alarme na central de monitoramento.

Se o sistema de tornozeleiras fosse tão confiável na prática como alegado na teoria, não teríamos a cena acima, que mostra um condenado usando tornozeleira... mas portando um fuzil. É um bandido condenado, em plena ação.

segunda-feira, 11 de março de 2019

O internetês e a vida real



BIJINS = BEIJINHOS
BLZ = Beleza
CD, KD = Cadê?
Craro! = Claro!
CTAÍ? = Você está aí?
Eu lovo u = Eu amo você
Kirida = Querida
MIGUIM = AMIGUINHO
NAUM = Não
Pru6 = Para vocês
RULEZ = Maneiro, legal;
Sifu que já mifu = Vai que eu já fui
T+ = Até mais, tchau
Tôka módó… = Estou com a maior dó…

Se você reparar bem, o internetês, a escrita usada pelas tribos da internet, já saiu do reduto delas (tribos) para surgir em legendas de filmes, chats de canais de tevê a cabo e aparece em comentários nos jornais, portais e blogs. Mesmo que esta mídia nem adote tal idioma.

A maioria dos “escrivinhadores” de internetês é jovem, se diverte com isso e nos faz lembrar da velha “língua do pê”, um código primário que os adolescentes falavam entre si há algumas décadas.

O que preocupa são os dados da incultura linguística brasileira. Sabemos que cada vez mais os estudantes aprendem menos. Os vestibulares nos dão provas incontestes da incompetência de muitos jovens em redigir textos, pois são incapazes de utilizar corretamente o vernáculo.

Ora, se os jovens não conseguem nem aprender a língua portuguesa, revelando-se um fracasso completo na hora de buscar um emprego, naufragando nas entrevistas e nas exposições escritas, o que dizer então dessas tribos que usam o internetês?

A vida real requer muito mais do que a língua do pê ou o internetês. O mercado profissional não se limita a exigir um português razoavelmente bem escrito e bem falado, mas também ótimos conhecimentos de no mínimo mais um idioma, como inglês, francês, alemão, japonês e agora até chinês e russo.

Acorde, jovem: para a vida real, o internetês não vale nem como primeiro, nem como segundo idioma. Provavelmente esta distorção educacional seja um dos fatores do nosso alto desemprego...
JEB

sábado, 9 de março de 2019

Dos concursos literários


O desejo de muitas pessoas que se propõem e gostam de escrever impulsionou a periclitante indústria do livro a promover concursos literários explorando um sem-número de temáticas. São várias editoras espalhadas Brasil afora que os divulgam por todos os meios.

Há um problema: vários destes concursos têm uma "pegadinha". Ao se ler cuidadosamente o regulamento aparece um texto similar a "os trabalhos que não obtiverem os primeiros lugares serão publicados ao valor de R$... através de boleto bancário emitido ao participante". Ou "o concorrente deverá adquirir "x" exemplares do livro ao custo de R$... através de boleto bancário emitido ao participante".

Traduzindo: o concorrente envia seu trabalho (conto ou poesia), fica torcendo para ser um dos vencedores, geralmente definidos  por critérios abstratos e acaba recebendo uma cobrança bancária, dividida em duas ou mais vezes e da qual dificilmente se livrará, visto ter enviado o trabalho conjuntamente com a inscrição, aderindo explicitamente ao regulamento. 

Dos concursos divulgados acima, a maioria inclui estas cobranças no corpo dos regulamentos. Olho vivo!

quinta-feira, 7 de março de 2019

Bolsonaro: do inferno ao céu e ao inferno


Política é assim mesmo: aqueles que se dispõem a disputar cargos, imediatamente se colocam no foco dos holofotes - desde um simples vereador em município pequeno, até a presidência da República.

Jair Bolsonaro iniciou sua campanha à presidência sob os olhares severos dos seus colegas de Câmara. Foi hostilizado pela oposição (que ainda era situação, já que o ex-presidente Michel Temer havia sido eleito pelo PT). Brigou até com a deputada Maria do Rosário (irghh), que lhe moveu um processo inverso (Bolsonaro lhe disse que não a estupraria e ela ficou toda ofendida).

Na sua jornada Bolsonaro foi angariando simpatizantes, mostrou-se como uma opção contra a quadrilha que arrombara os cofres públicos, colocou na sua pauta a segurança dos cidadãos, prometeu que acabaria com o famoso troca-troca de favores por cargos. Gradativamente foi sendo alçado ao céu, para desespero da oposição, que começou a sentir o seu império de 14 anos desabar. Virou mito. O Mito!

Bolsonaro chegou ao céu: venceu as eleições. 

Mas agora os brasileiros percebem a força maligna que ainda resta na oposição: encastelados em todas as esferas do poder, em "n" cargos públicos, nas escolas, faculdades, imprensa, blogs, portais, ongs, centenas de milhares de adversários procuram minar qualquer ação emanada de Bolsonaro, numa operação que pode ser chamada de verdadeiro pente fino. Projetos importantes para mudanças administrativas e políticas, comentários no seu twitter, declarações públicas, tudo vira alvo de chacota, de desprezo, de agressões verbais. 

Bolsonaro está vivendo no inferno.

Quanto tempo levará para alcançarmos um patamar mais justo, o povo unido, a colaboração dos três poderes, uma oposição construtiva para melhorar a qualidade de vida, o PIB, a educação, a saúde, a infraestrutura do nosso Brasil?

segunda-feira, 4 de março de 2019

Um brinde aos bilionários brasileiros


Enquanto o governo propõe o chamado BPC (Benefício da Prestação Continuada) para pessoas de baixa renda, a ser pago aos 60 anos no valor de R$ 400,00 mensais, a Revista Exame nos presenteia com a notícia publicada na Revista Forbes sobre uma disputa no ranking dos homens mais ricos do Brasil. Ricos não: bilionários!

Segundo a Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo, depois de liderar o ranking dos maiores bilionários brasileiros por seis anos, o empresário Jorge Paulo Lemann que era considerado o "mais mais" do Brasil, cedeu seu lugar a outro bilionário, Joseph Safra. Desde a última publicação da Revista Forbes que faz este levantamento anual, Lemann perdeu 5 bilhões de dólares. 

Joseph Safra, considerado o banqueiro mais rico do mundo, acumula hoje uma fortuna de 25,2 bilhões de dólares, enquanto que Lemann tem "apenas" 22,4 bilhões de dólares. 

E só para constar: você, eu e todos os bebedores de cerveja aqui no Brasil contribuímos para que Lemann acumulasse essa fortuna: ele ficou conhecido pelos consumidores brasileiros ao unir a Brahma à Antarctica, em 1999, criando a AmBev. Além disso, é o controlador da AB InBev, maior cervejaria do mundo, da rede de fast food Burger King e da Heinz. 

sábado, 2 de março de 2019

O ladrão mais aplaudido do Brasil


O netinho do Lula faleceu vítima de meningite. Por isso, ao contrário das centenas de milhares de presos que perderam um ente querido, Lula foi autorizado a viajar e ir à despedida do neto. 

Lula chegou ao cemitério por volta das 11h. Ele foi recebido com aplausos por pessoas que aguardavam do lado de fora. Ao deixar o carro, acenou para os militantes e entrou na sala. Do lado de fora, as pessoas  gritavam "Lula livre" - o slogan de toda a campanha dos petistas/esquerdistas pela sua libertação. 

No velório podiam ser vistos petistas e amigos de Lula, principalmente a sua "tropa de choque" como a ex-presidente Dilma Rousseff, Fernando Haddad, Guilherme Boulos e os ex-ministros Benedita da Silva, Aloizio Mercadante e Alexandre Padilha. A maioria deles está também indiciada em inquéritos por corrupção.

sexta-feira, 1 de março de 2019

Leis penais frouxas!


A.A., de 41 anos, discutiu com o marido durante o jantar e acabou a discussão jogando óleo quente no pescoço e rosto dele, o que provocou sua morte. O fato ocorreu em fevereiro do ano passado em Londrina, PR. As investigações concluíram que a mulher cometeu o crime para ser beneficiada pela pensão de cerca de R$ 4 mil do marido, além de se apossar da residência onde moravam juntos. "A crueldade do ato é de causar espanto em qualquer um", escreveu o policial no fim do inquérito.

E a continuação da história? Por decisão da nossa benévola justiça, A.A. foi condenada a parcos seis anos de prisão em regime semiaberto, isto é, teria apenas de dormir na cadeia e poderia passar os dias em casa. Por alguma falha no sistema, ela permaneceu 11 meses e três dias no sistema fechado, quase um sexto do total da pena. Agora o juiz, baseado no "bom comportamento carcerário, não havendo nenhuma notícia de falta grave ou participação em motim", concedeu-lhe a liberdade sem a necessidade sequer de usar tornozeleira eletrônica. Apenas deverá informar em até 30 dias que está trabalhando, não poderá sair de casa à noite, entre 21 horas e 6 horas do dia seguinte, incluindo fins de semana e feriados, não poderá ingerir bebida alcoólica, nem frequentar bares e lanchonetes, informar eventual mudança de endereço e não deixar a cidade por mais de oito dias.

Moral da história: sem dúvida vale a pena uma mulher assassinar o marido para viver de sua polpuda (comparada ao salário mínimo) pensão e ainda levar de prêmio a casa em que moravam juntos. Afinal, o que são 11 meses de prisão após cometer tal barbaridade?

É por esta e por outras que a cada blitz policial em que suspeitos são interrogados, a gente descobre que muitos deles já haviam cumprido várias penas de prisão - inclusive por assassinatos -, a maioria é reincidente, outros usam tornozeleiras eletrônicas mas não mudaram seu comportamento e todos sabem que, apesar das evidências, cumprirão penas muito, muito brandas e estarão nas ruas pouco tempo depois.

Foto: FolhaMax
JEB