domingo, 27 de outubro de 2019

Não, o petróleo não é nosso!


"O petróleo é nosso!" é uma frase que se tornou famosa ao ser pronunciada pelo Presidente da República Getúlio Vargas por ocasião da descoberta de reservas de petróleo na Bahia. A frase tornou-se lema da Campanha do Petróleo, patrocinada pelo Centro de Estudos e Defesa do Petróleo e promovida por nacionalistas. O que fez o Brasil dividir-se entre nacionalistas (representados por militares de direita e partidos de esquerda, que defendiam o monopólio estatal na exploração do petróleo) e os defensores do capital estrangeiro (apelidados pejorativamente de entreguistas por seus opositores).

Agora, com a invasão das nossas praias por placas de petróleo gosmento, todos afirmam que esse petróleo não é nosso, e sim da Venezuela.

O derramamento de petróleo nas praias não é novidade: especialmente em Santos, já houve petróleo derramado no mar. Mas à época, dizia-se que era resultado da lavagem nos navios petroleiros ao passarem pelo canal do porto. Com a ameaça de multas elevadas e o atual controle informatizado das rotas dos navios, o problema foi minimizado.

Nunca houve derramamento de petróleo na quantidade que ocorreu agora, superando milhares de toneladas. Ruim para o turismo, ruim para os negócios, ruim para os pescadores, ruim para as cidades costeiras. Quem vai arcar com esse prejuízo?

terça-feira, 22 de outubro de 2019

A Vida e Obra de Walt Disney

Palestra de Glauco Borba na Academia de Letras, Ciências e Artes de Londrina em 13/10/2019. O palestrante apresentou a trajetória do gênio Walt Disney, desde sua infância, até suas grandes realizações, que resultaram em um império empresarial: em dezembro de 2017, após a compra da 21st Century Fox, as Organizações Disney se tornaram o maior conglomerado de mídia e entretenimento do planeta por receita.

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Justiça incompreensível


Nas redes sociais aparecem vídeos de julgamentos em tribunais norte-americanos, dos quais se depreende que todo cidadão que comete alguma infração é obrigado a se apresentar a um juiz. Com ampla possibilidade de defesa, o infrator ou paga uma multa, ou recebe pena de prisão no ato ou sai em liberdade.

Aqui no Brasil parece que a justiça funciona ao contrário: a frase "in dubio pro reo" tende a ser levada ao pé da letra e, mesmo no caso de crimes hediondos, raramente os indiciados são presos. Ficam em liberdade se não forem flagrados no ato. Ficam em liberdade caso o advogado apresente seu arrazoado de alegações. Ficam em liberdade por  interpretações individuais de alguns juízes. Ficam em liberdade aguardando o julgamento. Ficam em liberdade enquanto não se esgotarem as impetrações de recursos.

Pois agora nosso mal-afamado Supremo Tribunal Federal está colaborando para que duvidemos mais e mais da justiça, na verdadeira acepção da palavra. Mesmo já tendo sido debatido desde 2009, o tema "prisão em segunda instância" volta à pauta. Decisões mais recentes, tomadas entre 2016 e 2018, permitem que a prisão do condenado em segunda instância aconteça imediatamente, mesmo que ainda haja recursos pendentes. Nada mais justo: se o indiciado foi condenado por duas vezes  e por dois juízes (1a. e 2a. instâncias), não pode restar dúvidas quanto à sua culpabilidade.

A impressão que os juízes do Supremo nos passam, é a de que existem interesses escusos nesta nova discussão do mesmo tema. A revogação da prisão em segunda instância certamente colocará centenas de delinquentes nas ruas, e a visível falta de controle sobre seus comportamentos com certeza os impelirão a cometer novos delitos.

sexta-feira, 11 de outubro de 2019

Os antilulistas trabalhando pró-Lula


Consciente ou inconscientemente, a incessante repetição de notícias, artigos, análises, fotografias, etc. do atual presidiário Lula faz com que ele permaneça ativo na mídia como sempre esteve. 
A própria justiça está trabalhando ativamente a seu favor, divulgando informações que ora nos dão conta de que ele poderá ser libertado, ora contestando o julgamento do juiz Sergio Moro (em entrevista exclusiva à BBC, do insuportável Gilmar Mendes).
"Conversas de bahr em bahr" aposta todas as suas fichas como ele será candidato em 2022. 
E mais: provavelmente será idolatrado como um herói. 
O ideal seria que os assim chamados antilulistas simplesmente o ignorassem, bloqueando totalmente seu espaço na mídia.

quinta-feira, 3 de outubro de 2019

60 anos dirigindo carros


Neste dia 3 de outubro, renovei minha carteira de motorista. Pela enésima vez... pois dirijo há sessenta anos, desde 1959 - ano em que passei no exame do Detran São Paulo.
Lembro-me muito bem: o exame era realizado em um carro da auto-escola. Na época, proliferavam os Ford Prefect, como o da foto acima. A cor era sempre preta. E não existiam os pisca-pisca para sinalizar as mudanças de rota à esquerda ou à direita. 

A sinalização era feita com o braço esquerdo - esticada quando se ia dobrar à esquerda, dobrada quando a rota era à direita ou abanada junto à lateral da porta para indicar redução da velocidade ou um acidente mais à frente. Essa obrigatoriedade nos impedia de trafegar com o vidro do motorista fechado, ou poderíamos sofrer multas.
No meu primeiro fusquinha mandei instalar setas indicativas de direção nas colunas laterais, que eram alcunhadas de "bananas" por causa da sua forma. Ao acioná-las, elas saíam das suas "casinhas" e se acendiam. Foi um alivio, especialmente nos dias de chuva.
Essas lembranças vieram à tona enquanto eu aguardava ser chamado pelo médico para mais um exame...