sexta-feira, 11 de outubro de 2019

Os antilulistas trabalhando pró-Lula


Consciente ou inconscientemente, a incessante repetição de notícias, artigos, análises, fotografias, etc. do atual presidiário Lula faz com que ele permaneça ativo na mídia como sempre esteve. 
A própria justiça está trabalhando ativamente a seu favor, divulgando informações que ora nos dão conta de que ele poderá ser libertado, ora contestando o julgamento do juiz Sergio Moro (em entrevista exclusiva à BBC, do insuportável Gilmar Mendes).
"Conversas de bahr em bahr" aposta todas as suas fichas como ele será candidato em 2022. 
E mais: provavelmente será idolatrado como um herói. 
O ideal seria que os assim chamados antilulistas simplesmente o ignorassem, bloqueando totalmente seu espaço na mídia.

quinta-feira, 3 de outubro de 2019

60 anos dirigindo carros


Neste dia 3 de outubro, renovei minha carteira de motorista. Pela enésima vez... pois dirijo há sessenta anos, desde 1959 - ano em que passei no exame do Detran São Paulo.
Lembro-me muito bem: o exame era realizado em um carro da auto-escola. Na época, proliferavam os Ford Prefect, como o da foto acima. A cor era sempre preta. E não existiam os pisca-pisca para sinalizar as mudanças de rota à esquerda ou à direita. 

A sinalização era feita com o braço esquerdo - esticada quando se ia dobrar à esquerda, dobrada quando a rota era à direita ou abanada junto à lateral da porta para indicar redução da velocidade ou um acidente mais à frente. Essa obrigatoriedade nos impedia de trafegar com o vidro do motorista fechado, ou poderíamos sofrer multas.
No meu primeiro fusquinha mandei instalar setas indicativas de direção nas colunas laterais, que eram alcunhadas de "bananas" por causa da sua forma. Ao acioná-las, elas saíam das suas "casinhas" e se acendiam. Foi um alivio, especialmente nos dias de chuva.
Essas lembranças vieram à tona enquanto eu aguardava ser chamado pelo médico para mais um exame...

sexta-feira, 27 de setembro de 2019

Todos odeiam Gilmar Mendes


Geralmente há pouco consenso quando se trata de analisar alguma figura pública.
Mas uma delas irradia ódio generalizado: trata-se do ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes.
Antipático por natureza (e não faz o menor esforço para ser agradável), suas posições são sempre conflitantes com as dos seus pares mais lúcidos e, pior, na maioria das vezes são conflitantes com a linha de pensamento da opinião pública.
Gilmar Mendes são se apercebeu de que a população brasileira enviou um recado sério as nossos governantes, políticos (e seus colegas ministros do STF) no sentido de acabar com a corrupção e mandar corruptos e corruptores para a cadeia.
Agora soubemos que Gilmar Mendes tem um inimigo visceral: trata-se do ex-Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, que revelou quase ter dado um tiro no desafeto - e que pretendia se suicidar em seguida.
Conflitos à parte, deveria haver um sistema para exclusão sumária de ministros do STF que desafiam a lógica do certo e do errado, não entenderam o recado das urnas e se posicionam contra os anseios da população.

terça-feira, 17 de setembro de 2019

Um quase Muro de Berlim


Existe uma casta política que vive encastelada lá em Brasília, curtindo sonhos cor de rosa, repletos de mordomias, polpudos salários, “staff” de assessores – entre aspones e dipones – viagens aéreas sem custo, moradias sem custo, assistência médica sem custo… são verdadeiros usufrutuários da abastança que ronda o poder, um privilégio destinado a poucos.
Não bastasse a inoperância da maioria dos congressistas, que lá estão aparentemente para aprovar mais e mais regalias e benefícios em proveito próprio, nas duas casas legislativas impera o nepotismo, a contratação e a indicação de primos, irmãos, tias, cunhadas, netos…
Votações secretas e votações através de lideranças dos partidos – sem que seja necessário apertar um botão que os identifiquem – provam que ao invés de um vidro transparente para que a população possa acompanhar os seus trabalhos (se é que trabalham), existe um muro de concreto isolando os congressistas dos seus eleitores. Quase um Muro de Berlim.

domingo, 8 de setembro de 2019

CBN Londrina, a rádio que toca "reclames"

"Reclame" era o nome com que as pessoas chamavam os velhos anúncios e comerciais de rádio nas décadas de 1950, 1960 - e talvez até antes daquela época.
Pois são com "reclames" que a Rádio CBN Londrina preenche a maioria do tempo que deveria se destinar às notícias. "A rádio que toca notícias" é o que propõe o slogan da emissora.
Contrariando todas as técnicas que aprendemos nos cursos de comunicação, a CBN Londrina consegue aborrecer seus ouvintes em alguns horários matutinos com sequências de jingles e anúncios narrados que chegam a 15 ou mais sem interrupção, ocupando de sete a dez minutos seguidos. Aliás, interrupção é o que estes "reclames" conseguem, pois o operador de som local por inúmeras vezes supera o tempo que se destinaria ao noticiário, que volta já no meio da fala do apresentador.
Para quem se lembra dos primeiros comerciais de tevê, que eram imagens fixas chamadas de "getês" - antes dos filmes e desenhos animados - parece que a Rádio CBN nos faz voltar no tempo.
Uma pena! Pois para quem acompanhava o noticiário matutino da Rádio Panamericana (posteriormente Jovem Pan) em São Paulo e por um bom período a Rádio Eldorado, também daquela cidade, fica a nítida impressão de que a CBN Londrina regrediu no tempo.

quarta-feira, 7 de agosto de 2019

Os humanos não aprenderam nadinha

No Século XII, Gengis Khan exterminou todos os que não aceitassem sua ideia de formar uma grande confederação mongol. Total de mortos: 40 milhões.
Josef Stalin, tirano russo, adotou técnicas variadas para perseguir rivais políticos, dizimando entre 20 e 25 milhões de pessoas. Entre 1932 e 1933 forçou a Ucrânia e o Cazaquistão a exportar todos os seus alimentos, matando os nativos de fome.
Entre 1958 e 1962, o líder comunista Mao Tse Tung liderou o “Grande Salto Adiante”, uma reformulação econômica que pretendia transformar a China em uma potência industrial – mas provocou um colapso que levou pelo menos 40 milhões de pessoas a morrer de fome.
A Alemanha de Hitler dizimou 6 milhões de judeus e 10,5 milhões de eslavos. Também perseguiu gays, ciganos, romenos e sérvios.
No Camboja, em apenas quatro anos, o ditador Pol Pot acabou com 1,7 milhão de pessoas, cerca de 20% da população do próprio país.
Na Turquia, o governo forçou minorias ao exílio, em longas caminhadas rumo a campos de concentração onde hoje fica a Síria. Morreram de 1 a 1,5 milhão de armênios e 750 mil assírios.além de gregos e curdos que também foram expulsos ou condenados à morte por inanição.
A separação da Índia com o Paquistão, em 1947, desengatilhou uma série de tentativas de genocídio entre muçulmanos, hindus e sikhs na região, resultando em 2 a 3 milhões de mortos.
No Congo Belga, o rei belga Leopoldo II massacrou a população e a escravizou para trabalhar na extração de borracha na década de 1890, resultando num total de 5 a 8 milhões de mortos.
A lista de crueldades seria interminável. As razões são sempre as mesmas: luta pelo poder, por territórios, por questões religiosas, étnicas, militares, ou culturais.
São milhões e milhões de mortes contabilizadas, que ocorreram no transcurso dos séculos, dizimando famílias, aldeias, povos e raças.
E mesmo assim, ainda existem hoje uns imbecis radicais, que se arrogam o direito de criar grupos para insuflar o ódio racial contra estrangeiros em seus países, contra grupos religiosos, contra etnias… para demonstrar que os humanos não aprenderam nada O noticiário continua recheado de reportagens sobre atentados racistas nos Estados Unidos, a guerra na Síria que parece não ter fim, barcos com refugiados que naufragam no Mediterrâneo, venezuelanos que fogem da fome em seu país, a interminável provocação dos palestinos contra Israel, matanças pelo grupo Boko Haram que alegadamente luta pela xaria...
Qual será o futuro da Humanidade? Qual será o nosso futuro?