quarta-feira, 1 de abril de 2020

Nem Freud explica (Parte II)

O ditador Saddam fotografado no momento do enforcameento

Saddam Hussein Abd al-Majid al-Tikriti, nascido em 1937 foi um político e estadista iraquiano, que serviu como presidente do Iraque de 16 de julho de 1979 a 9 de abril de 2003. Como outros ditadores, usou e abusou do direito de ser ditador até que o povo iraqueano decidiu depô-lo do poder Em 13 de dezembro de 2003, Saddam Hussein foi preso num porão de uma fazenda da cidade de Adwar, próxima a Ticrite, sua cidade natal, numa operação conjunta entre tropas estado-unidenses e rebeldes curdos. Saddam Hussein foi entregue aos seus executores iraquianos pelas forças americanas que o custodiavam, alguns minutos antes de seu enforcamento que ocorreu no início do dia 30 de dezembro, em Bagdá, gerando posições contrárias de várias instituições internacionais, como a Anistia Internacional, o Vaticano, bem como de vários países. A televisão estatal iraquiana levou ao ar imagens de Saddam Hussein, aparentando estar calmo, conversando com o carrasco que ajeitava a corda em volta de seu pescoço e o encaminhava para o cadafalso. Saddam se recusou a usar o capuz preto na hora da execução, tendo preferido ser enforcado com o rosto à mostra. Alguém gravou um vídeo do enforcamento pelo celular e as imagens correram mundo.

Coronel Kadafi, o ditador da Líbia, chamado de monstro do deserto, torturou e matou cidadãos de seu próprio país ao longo dos 42 anos em que ficou no poder. Em 1969, quando era um tenente de 27 anos, participou do golpe de Estado que destronou o primeiro e único rei da história do país, Idris 1º. Acabou virando líder da revolução e assumindo o poder. Com tendências antiocidentais, expulsou judeus, ingleses e americanos, proibiu discotecas, bares e bordéis e barrou a venda de álcool. Ele queria unificar os países árabes e africanos mas mantinha campos de prisioneiros para onde enviava opositores do regime, em especial professores, intelectuais, jornalistas e adversários políticos.

Em fevereiro de 2011, frente a protestos pedindo sua saída do poder, Kadafi reagiu aos manifestantes com violência, mas as manifestações contra o seu governo se intensificaram. Ocorreu uma violenta guerra civil, colocando em confronto forças leais e contrárias ao regime. Durante este conflito, o ditador foi acusado de cometer vários crimes contra a humanidade e um mandado de prisão foi expedido contra ele pela Corte Penal Internacional. Em agosto de 2011, tropas do Conselho Nacional de Transição conquistaram a capital Trípoli colocando assim Kadafi e seu governo em fuga. Em 20 de outubro, após 8 meses de guerra, o ex-líder foi morto em Sirte por simpatizantes do CNT. Foram 42 anos de governo o que o tornou o líder não monárquico e também o líder árabe que mais tempo ficou no poder.

Ferdinand Marcos foi ditador das Filipinas. Depois de ter perdido as eleições presidenciais como candidato do Partido Liberal em 1964, veio a ser eleito presidente como candidato do Partido Nacionalista ainda em 1964, sendo reeleito em 1969 e ainda em 1981. A forte oposição levou-o a prender os seus líderes opositores e a instaurar a lei marcial, iniciando uma guerra de guerrilha pelos maoistas e separatistas muçulmanos. Sua mulher, Imelda Marcos, tinha entre 2,7 e 3 mil pares de sapatos. Da onde vinha tanto dinheiro? Roubado do país, como sempre. O presidente Marcos começou como um presidente democrático, mas logo se transformou em um ditador. Ele foi derrubado e fugiu para o Havaí, já no curso da Revolução do Poder Popular, após ser declarado oficialmente vencedor das eleições, mas suspeitou-se de fraude eleitoral maciça. Levou consigo de 24 barras de ouro.


Na Russia, Ao longo do último século, apenas um político russo permaneceu no poder mais tempo que Vladimir Putin: Josef Stálin, que ocupou por 31 anos, entre 1922 e 1953, o cargo de secretário-geral do Partido Comunista na extinta União Soviética. Putin está presidente da Rússia, pela quarta vez, até 2024, quando somará 25 anos no poder - se contados os quase cinco anos em que foi primeiro-ministro. O êxito de Putin recai no fato de ter conseguido construir uma identidade nacional em uma sociedade tão étnica e culturalmente diversa como a Rússia. O argumento de Putin, segundo Laine, é o de que opositores não compartilham "valores tradicionais russos" de patriotismo e moral. Putin dirige a Rússia com mão de ferro.

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