terça-feira, 31 de março de 2020

Nem Freud explica (Parte I)

Jean-Bédel Bokassa *
Gana pelo poder. O poder pelo poder...
Como explicar essa fissura de vários políticos para chegarem ao poder, manterem-se no poder e afastarem todos aqueles que pretendem concorrer com eles - tudo pelo poder?

* Jean-Bédel Bokassa, também conhecido como Imperador Bokassa I e Salah Eddine Ahmed Bokassa foi o segundo presidente da República Centro-Africana de 1 de Janeiro de 1966 até 4 de Dezembro de 1976 e imperador Centro-Africano desde essa data até à sua deposição em 20 de Setembro de 1979. Onze anos após assumir a presidência, Jean-Bédel Bokassa se coroou Imperador da África Central. A cerimônia de coroação foi extravagante e incrivelmente cara, custando mais de 20 milhões de dólares (valor da época, que representava um-terço do orçamento do Estado), algo que ajudou a levar a nação a beira da falência. Somente sua coroa (foto) custou perto de US$ 5 milhões. Seu reinado acabou em setembro de 1979 quando o exército francês, apoiado por grupos dissidentes locais, invadiu a África Central e o depôs, forçando-o ao exílio. Entrou para a história como um dos ditadores mais excêntricos e cruéis da África. Faleceu em 3 de novembro de 1996.

Desde 1994 Alexander Lukashenko é o presidente da Bielorrússia. Em 1996, Lukashenko havia convocado uma polêmica eleição que ampliou a duração do mandato presidencial de cinco para sete anos, aprovada pelos eleitores. Continua na presidência até hoje. Ele mesmo descreve seu governo como tendo um "estilo autoritário". Diversos países ocidentais descreveram a Bielorrússia sob o domínio de Lukashenko como uma ditadura. A maior parte da economia bielorrussa continua a ser controlada pelo Estado, descrita como de "estilo soviético". Agora chega-nos a notícia de que Lukashenko quer se manter na presidência indefinidamente.

Nicolás Maduro Moros (que eu chamo de porteiro de boate) é o atual presidente da República Bolivariana da Venezuela. Era vice-presidente de Hugo Chávez e assumiu interinamente a presidência da República em 2012, em razão da grave enfermidade do presidente eleito. Continua na presidência  desde 2013, e seu governo é considerado extremamente polêmico. A oposição acusa Maduro de abuso de poder, de perseguição dos opositores, de tortura e, até mesmo, de execuções. Juan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional, declarou-se presidente interino da Venezuela. Isso aconteceu em decorrência das eleições presidenciais de 2018, consideradas fraudulentas, mas Maduro não arreda pé do cargo.

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