Todos nós sabemos que a maioria dos nossos governantes não são luminares do
conhecimento. Muitos não têm curso superior e a grande maioria nem lê. Eles
fogem dos livros como o diabo da cruz.
Pois
ainda no ano de 1995 a Makron Books (brasileira) publicava o livro “Fim dos
Empregos”, escrito por Jeremy Rifkin (tradução de Ruth Gabriela Bahr z”l) e
publicado nos Estados Unidos em 1994. Rifkin é uma espécie de profeta do
futuro, autor de mais de uma dezena de livros sobre tendências econômicas.
Em
“O Fim dos empregos”, Jeremy Rifkin apresentava uma visão um tanto preocupante,
e, ao mesmo tempo, esperançosa do futuro. Ele previa um futuro não tão
brilhante: a sociedade caminhando para um declínio dos empregos. Esta nova
fase, chamada por Rifkin de a terceira revolução industrial, é o resultado do
surgimento de novas tecnologias, como o processamento de dados, a robótica, as
telecomunicações e as demais tecnologias que aos poucos vão repondo máquinas
nas atividades anteriormente efetuadas por seres humanos. Para ele, apenas um
pequeno número de trabalhadores no setor da informação e do conhecimento, iria
prosperar, já que o seu “know-how” será cada vez mais necessário na criação,
desenvolvimento e manutenção dos equipamentos necessários à automação. Os
profissionais da tecnologia se constituiriam em uma nova elite da sociedade.
Parece
que Rifkin acertou em cheio! Aqui no Brasil os índices de desemprego são
alarmantes, as vagas que estão desaparecendo, principalmente nos níveis mais
baixos da produção, afetaram as taxas de criminalidade, já que o desempregado
sem esperança aflui às ruas em atitudes de descontentamento e violência. Rifkin
já previa que 2020 seria o ano em que virtualmente se esgotarão as
possibilidades de emprego.
Se
tivessem lido “Fim dos Empregos”, nossos governantes e dirigentes de sindicatos
provavelmente teriam a percepção do que estava por vir. Poderiam ter programado
para esta enorme massa de trabalhadores treinamentos, desenvolvimento de novas
aptidões e proposto caminhos diferentes. Mas graças à incompetência, a inércia
e a falta de leitura as coisas simplesmente aconteceram.
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