Sou um modesto escrevinhador.
Sim, cometo meus erros na difícil língua portuguesa.
Mas outros cometem muitos, muitos mais.
Basta acompanhar os escritos do Facebook. Entre besteirol e textos mais sérios, a infinidade de erros de ortografia, de usos indevidos dos verbos, erros de concordância e outros, são um prato cheio para um professor da língua portuguesa.
Uma das calamidades linguísticas que herdamos da turminha do PT é a expressão "a nível de". O nove dedos adorava usar esta expressão, mas há que se dar o desconto a ele pela sua falta de escolaridade. O surpreendente foi a melhora na sua comunicação com o passar do tempo. Restou nos seus discursos e falas a expressão "a nível de ". E algumas outras barbaridades.
Pois ontem, 20/01, tive o enorme prazer de acompanhar a entrevista do programa Roda Viva com o Ministro da Justiça Sergio Moro. Apesar de torpedeado por alguns jornalistas mais preocupados em polemizar ao invés de buscar informações e realizações do entrevistado, Moro deu um banho de coerência, simplicidade e objetividade.
Só fiquei chocado com uma das respostas: o Ministro usou a expressão "a nível de". Provavelmente, de tanto ouvirmos esta expressão, nós acabamos assimilando e incorporando-a à língua portuguesa. Com erro e tudo.
Pior são repórteres da televisão que, ao se referirem à contaminação das águas do Rio de Janeiro usam a expressão "se proliferam". Na língua culta, nada "se prolifera", apenas prolifera.
Então, "a nível" de acertos, estamos cercados de erros por todos os lados.
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