O prefeito de Rolândia, cidade do Paraná, foi afastado do cargo no ano passado, sob suspeita de corrupção. Ficou afastado por cinco meses, até que voltou ao comando do governo local por decisão da justiça, aguardando a conclusão das investigações.
Poucos dias após o prefeito reassumir seu cargo, nos vem a notícia de que o Ministério Público recomendou (uma palavra suave, subentenda-se "exigiu") que ele exonerasse dois dos chamados comissionados nomeados por ele.
Malandramente ele nomeara a filha do juiz responsável pelas ações da Operação Patrocínio (a operação que afastou o prefeito do cargo) para a direção da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico; o outro é tio de vereador responsável pela Comissão Processante contra o prefeito e foi nomeado como secretário de Infraestrutura.
É esse o jeito com que se exerce um cargo executivo no nosso país. São trocas e barganhas, do tipo "uma mão lava a outra", "você me faz um favor e eu quebro teu galho" "limpe minha barra que eu te dou emprego"...
Dá para imaginar quantos "cargos comissionados" existem nos mais de 5.500 municípios brasileiros, recebendo polpudos salários com o nosso suado dinheirinho?
JEB
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