quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Haddad bate o ponto em Curitiba

– Bom dia presidente, Trago más notíc…. 
– Trouxe a 51, Radadi?
– Está aqui, presidente.
– Me dá um copo, porra!
Pausa, enquanto o chefão entorna o copo.
– Pois é, presidente, desta vez não deu!
– Eu falei, eu falei, cês não me escutaram! Cês deviam ter acabado com o Boçonaro em Juiz de Fora. O cara da faca era ruim de manejo, hein? Agora a gente tem de aguentar esse porra quatro anos.
Pausa.
– E vocês vem me tirar dessa porra em março?
– Agora acho difícil, presidente. Nós perdemos muito pessoal.
– Então chama o Zé Dirceu, porra.
– Ele está ora preso, ora solto, presidente!
– Chama o Lindberg. Chama o Suplicy…
– Eles não foram reeleitos, presidente!
– Então fala pra Diuma dar um jeito…
– Ela está fora. Perdeu em Minas.
Silêncio.
– Me dá outro copo da 51…
– Aqui está, presidente!
– E a Greisi? Ela sabe mexer os pauzinhos…
– Fora de combate: teve uma crise nervosa e está chorando até agora, presidente!
– Fala com a Vanessa. Ela tem bocão para reclamar!
– Também perdeu, presidente!
– Radadi, manda um ofício pra Fátima Bezerro lá em Roraima. Ela pode ajudar.
– Difícil, presidente. Ela não consegue entender o que está escrito… e é em Natal, não é Roraima.
– E a nossa militância?
– Sumiram das ruas, presidente! Já não estão mais usando as camisas vermelhas. Nem gritando palavras de ordem.
– O Maduro ligou?
– Sim, mas foi para desejar sucesso ao Bolsonaro!
– Porra, Radadi, me dá outro gole. E o que vai ser agora?
– Acho que nada, presidente. Daqui para frente o senhor precisa ter bom comportamento, senão o Bolsonaro dá um jeito de mandá-lo para a Papuda. Em isolamento. Sem direito à 51…
– Porra, Radadi! O que eu faço? O que eu faço?
JEB

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