segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Nossa Corte Imperial


O Brasil é um país que pode ser considerado de remediado a pobre. Apesar de todas as firulas emanadas pelos economistas e das suas teses pseudo-animadoras, é necessário lembrar que temos:

- Ensino catastrófico (na última edição do PISA de 2018, realizada com escolas de 70 países, Brasil foi o 59º colocado em Leitura e figurou entre os dez últimos nas categorias matemática e ciências);

- O índice de analfabetismo no Brasil ainda é grande, tendo milhões de analfabetos acima dos 15 anos de idade. Aliás, por que desativaram o Mobral, que propunha a alfabetização funcional de jovens e adultos, visando “conduzir a pessoa humana a adquirir técnicas de leitura, escrita e cálculo como meio de integrá-la a sua comunidade, permitindo melhores condições de vida”? 

- Brasil ainda joga 55% do esgoto que coleta na natureza: apenas 45% do esgoto do país são tratados, segundo dados de 2018.

- No útimo levantamento do IBGE, havia dobrado número de moradores de favelas em 20 anos no país. Havia 11,42 milhões de pessoas morando em favelas, palafitas ou outros assentamentos irregulares em 2010. 

- Há 4.000 famílias morando em áreas de risco, sujeitas a desmoronamento, alagamento e na iminência de serem contabilizadas como tragédias.

- País registrou 63.880 homicídios em 2017, sete por hora, e 60.018 estupros, 8,4% acima da cifra do ano anterior.

Enquanto isso... nossa Corte Imperial alojada no Supremo Tribunal Federal, segundo dados do Ranking dos Políticos, tem um custo de manutenção de meio bilhão de reais por ano. O STF abriga apenas 11 ministros, mas possui 1.216 funcionários, 306 estagiários, 959 terceirizados e o total nunca é inferior a 2.450 funcionários, representando a média de 222 funcionários para cada um dos 11 ministros.

É extremamente exemplificativa a pompa e circunstância do odiado ministro do STF Gilmar Mendes que, em suas locomoções, além de estar sempre rodeado de um séquito de seguranças, tem uma "seguradora de guarda-chuva" para ele não se molhar.

Qualquer semelhança com as antigas mucamas (as criadas negras, na verdade escravas) que prestavam serviços domésticos aos seus senhores na época da escravidão, não é mera coincidência. 
JEB

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