sábado, 8 de agosto de 2020

O uso do condicional em casos policiais



Eu gostaria de saber por que tantos jornalistas utilizam o condicional quando descrevem um fato policial. Há alguma ordem restritiva contra o uso de assertivas nas notícias?
Matéria publicada em jornal de Londrina, quando três meliantes foram mortos em entrevero com policiais descreve, em seu texto:
"Suspeitos de terem praticado um furto".
"Eles teriam, segundo o órgão, descido do carro atirando contra os policiais".
"Foram apreendidos três revólveres, que seriam dos três suspeitos".
"O veículo, identificado pelos policiais, teria sido utilizado para a prática de outros crimes similares".
Afinal, se o produto do roubo estava em posse dos três, se atiraram contra os policiais, se as armas estavam na posse deles, qual a razão do uso do condicional "teriam", "seriam", "se"...

quinta-feira, 16 de julho de 2020

Tupamaros, Farc, Eta no Brasil?

Vídeo do SBT

Só para refrescar a memória dos leitores: os Tupamaros eram bandidos que começaram com assaltos a bancos, clubes de armas e outros negócios no início dos anos 1960 no Uruguai. Costumavam distribuir comida e dinheiro roubados aos pobres em Montevidéu . No final dos anos 1960, envolveram-se em sequestros políticos, "propaganda armada" e assassinatos.
FARC eram as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, tendo surgido em 1964 como um braço informal do Partido Comunista da Colômbia. As FARC lutam pelo controle da Colômbia, alegando combater a hegemonia ideológica dos Estados Unidos sobre o país, atuando principalmente em guerrilhas, sequestros e controlando o tráfico de drogas. 
O ETA (Pátria Basca e Liberdade) foi criado em 1959 com o objetivo de tornar a região basca (norte da Espanha e sudoeste da França) um Estado independente, promovendo movimentos de guerrilhas. Durante o período da ditadura de Francisco Franco, a organização ganhou popularidade devido ao grande número de atentados e mortes cometidos no país. 
Nós temos grupos similares no Brasil, mais especificamente no Rio de Janeiro. Fotos e vídeos mostram bandidos armados com fuzis circulando pelas ruas das "comunidades" cariocas, desafiando a lei, a polícia e até o exército. As nossas Forças Armadas fizeram plantão no Rio de Janeiro com o objetivo de desmontar esse grupo de narcotraficantes... mas perderam a batalha. 
Os militares se retiraram e tudo continua na mesma, com tiroteios, mortes e assassinatos que chegam a uma proporção por nós desconhecida. Some-se ainda a estes bandidos as chamadas milícias... e está demonstrado o fracasso político do belo Rio de Janeiro. 
Se a luta por justiça fosse mais séria, o governo federal estaria encarando a situação carioca como um estado de guerra, colocando as forças armadas na situação de verdadeira guerra a exemplo do que fizeram os outros países ao enfrentarem os Tupamaros, as FARC e o Eta - todos praticamente liquidados.

segunda-feira, 6 de julho de 2020

Há 12 anos! E nada aconteceu! Vergonhoso!

O falecido estilista, apresentador de televisão e deputado Clodovil Hernandes, apresentou em 2008 uma PEC (Proposta de Emenda à constituição) que visava diminuir o absurdo e incompreensível número de deputados federais para 250 (praticamente a metade do número atual). Eis a notícia de 21/07/2008 - 18:25, cuja fonte é a Agência Câmara de Notícias: "A Câmara avalia a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 280/08, que diminui o número de deputados federais dos atuais 513 representantes para 250. De autoria do deputado Clodovil Hernandes (PR-SP), a proposta determina que cada estado terá, no mínimo, quatro representantes e, no máximo, 35 deputados. Os parlamentares, de acordo com o texto, continuarão sendo eleitos pelo sistema proporcional, e o critério para o número de deputados por estado continuará o mesmo usado atualmente: a população. A PEC altera o artigo 45 da Constituição para inserir o novo número e estabelece ainda que eventuais territórios que venham a ser criados terão apenas um representante na Câmara Federal. A representação por estado e pelo Distrito Federal será estabelecida por lei complementar, proporcionalmente à população. Os ajustes necessários serão feitos no ano anterior às eleições (para que nenhuma das unidades da Federação tenha menos de quatro ou mais de 35 deputados). Enxugamento O parlamentar destaca que a atual composição da Câmara dos Deputados, com representantes de todos os estados e do Distrito Federal, "resulta em um Parlamento com diversidade de idéias, bastante plural, o que é imensamente positivo". Entretanto, ele considera que o atual número de deputados é excessivo, especialmente "em um momento em que a sociedade se volta contra a classe política e exige a depuração de seus quadros". Para o deputado, "uma Câmara com 250 membros já possuirá amplas condições de representar a diversidade da sociedade brasileira, e possibilitará um enxugamento de estruturas administrativas que redundará até mesmo em significativa diminuição de despesas públicas como ganho secundário". Além disso, o parlamentar ressalta que o funcionamento da Casa, com a simplificação, deve melhorar. "Preservado o federalismo com a manutenção da representação igualitária do Senado, estamos certos de aprimorar nossa democracia", acrescenta. Tramitação A proposta tramita apensada à PEC 170/99, que altera a composição da Câmara Federal para 380 deputados, estabelecendo um mínimo de três e o máximo de 70 deputados por estado. Já aprovada na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, a matéria deve ser analisada ainda por uma comissão especial, antes de seguir para o Plenário". Comentário: o governo federal é obrigado a dispender uma fortuna mensal para suprir os pagamentos de salários, mordomias, despesas extras, assessores, planos de saúde, viagens, verbas eleitorais, etc., etc., etc. dos "ilustres" (o entre aspas é uma ironia) parlamentares. Até hoje a PEC não foi aprovada (talvez nem tenha sido votada). Nenhum dos deputados se dignou a baixar seus próprios ganhos, principalmente nesta fase de pandemia, óbitos, desemprego, fechamento de empresas...

segunda-feira, 15 de junho de 2020

Radicalismos


Estupefato. Foi a única palavra que encontrei para definir como me sinto no meio deste tumultuado processo "bolsonáticos X anti-bolsonáticos"!

Após sobreviver a todas as gestões presidenciais desde Getúlio Vargas, passando pelo regime militar, pela roubalheira do lulopetismo e pela louca Dilma, vejo os ânimos se acirrarem dia a dia de forma cada vez mais agressiva.

Não entendo a posição de fanáticos - muitos deles moram no Exterior e nem conhecem a atual realidade brasileira - que vestem a camisa do presidente, distribuem notícias fabricadas (inclusive fakes) e colaboram para corromper as mentes dos leitores em suas redes sociais.

Penso que cada um de nós tem o absoluto direito de externar opiniões e assumir posições. Mas o radicalismo que toma conta de grande parte dos brasileiros provavelmente nos conduzirá a desfechos indesejáveis e nefastos.

Faltou desde sempre aos governantes brasileiros interesse e empenho em reduzir as diferenças sociais, proporcionar educação e saúde, investir em infra-estrutura e, principalmente, extirpar o terrível cancro da corrupção que reina entre políticos, assessores e maus empresários.

Nossa luta deveria ser por exigências: cumprimento das leis, aplicação correta do dinheiro público e, principalmente a eliminação do gritante abismo entre a "corte" dos 3 Poderes e nós, vassalos pagadores de impostos. 

terça-feira, 2 de junho de 2020

70% versus 30%


Este é o novo slogan dos anti-Bolsonaro. Refere-se ao resultado de uma pesquisa indicativa de que apenas 30% apoiam hoje o presidente, após todas as trapalhadas e celeumas em que este se meteu.
Curiosamente, 30% era também a porcentagem média de apoiadores do luladrão, um número praticamente imutável, chovesse ou fizesse sol, seus partidários roubando muito ou pouco, corruptos ou não.
Presume-se então que eventualmente cerca de 40% dos eleitores hoje não têm partido político, não apoiam fulano nem sicrano, grande parte votaria nulo ou branco e obviamente não estão satisfeitos com o andar da carruagem.
Significa também que tanto Bolsonaro quanto qualquer um que se candidate às eleições presidenciais de 2022, terão de ralar muito, aglutinar mais eleitores e se esforçarem em técnicas de convencimento, confiança e capacitação.

segunda-feira, 1 de junho de 2020

Oportunidade perdida


As eleições presidenciais de 2019 representaram a oportunidade que os brasileiros esperavam para tirar do poder e de suas vidas a turminha do PT - os corruptos, incompetentes e indignos usufrutuários dos nossos suados ganhos.
Bolsonaro assumiu e trouxe esperanças de mudanças. 
Infelizmente, tudo indica que o ex-deputado não estava preparado para assumir o poder. Controverso, sujeito a explosões de humores, desobediente aos princípios básicos que regem a formalidade do seu cargo, influenciado por filhos de propósitos suspeitos, o presidente acredita que os bolsonáticos - ou a sua turma de "apoiadores - representam a maioria do povo brasileiro. Ledo engano!
Pesquisas indicam que os bolsonáticos representam cerca de 30% do eleitorado brasileiro, assim com os petralhas representavam também uma porcentagem similar, seguidores do desonesto (para dizer o mínimo) lula da silva.
Com as patacoadas de Bolsonaro, os ânimos começaram a se exaltar - além do razoável. Grupos pró e contra o governo montaram verdadeiras máquinas de informação e desinformação através das redes sociais, blogueiros, youtubers e os chamados "influenciadores digitais".
Infelizmente é quase impossível checar a veracidade de tudo que é publicado. Somos bombardeados minuto a minuto pela mídia, cujos jornalistas - da imprensa ou do rádio e tevê - são obrigados a seguir a cartilha dos seus empregadores, por interesses muitas vezes escusos. 
As passeatas e os movimentos de rua que tiveram início em Brasília e agora se estendem por outras cidades, se mostram cada vez mais violentas e assustadoras. Nem o confinamento impede aglomerações, comícios e confrontos, na contramão da sensatez de milhões de brasileiros.
E agora, Bolsonaro?