quinta-feira, 22 de julho de 2021

A realeza sobrevive na política

Não há limites para os políticos sanguessugas brasileiros: além de tentarem aumentar o valor das verbas de campanha, é permitido que um senador com cadeira cativa naquela casa legislativa nomeie sua mãezinha como suplente.

A legislação do Senado determina que "para senador, cargo definido pelo sistema majoritário, os dois suplentes são escolhidos previamente. É comum a escolha de parentes, cônjuges e financiadores de campanha para esses cargos". 

Pois é. A escolha do senador Ciro Nogueira pelo presidente Bossalnaro para o cargo de ministro da Casa Civil irá beneficiar a mãe do parlamentar, Eliane e Silva Nogueira Lima,  primeira suplente do cacique do Centrão, que irá assumir o seu mandato enquanto ele estiver licenciado do Legislativo. Eliane tem 72 anos e é natural de Teresina, capital do Estado do Piauí. Experiência política? Zero!

A realeza brasileira é aquela elite que fatura alto, alto demais. São salários astronômicos, verbas de representação, auxílios moradia, saúde, gasolina, verbas para contratação de assessores (os aspones, que em geral nem vão ao gabinete) e tantas outras regalias que não são dadas ao conhecimento público.

Neste segmento político, quem está dentro não sai e quem está fora não entra - a não ser que seja mãe, esposa, pai, filho, primo, tio... sempre com as eleições pagas por nós, contribuintes. É a realeza do Império que sobrevive nos dias atuais. Só que em maior número!

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