sábado, 16 de maio de 2020

Pandemia e política: mistura perniciosa


Desde a gripe espanhola de 1918, nunca os brasileiros enfrentaram uma pandemia de tal vulto como esta do Covid 19.
A partir do momento em que a pandemia espalhou-se pelo mundo, cada país atingido procura desesperadamente e à seu modo caminhos para combatê-la. 
A maioria deles tem envidado seus esforços focados em encontrar a melhor solução pelo bem dos seus cidadãos. 
Médicos, pesquisadores, infectologistas e outros cientistas procuram compulsivamente um remédio, uma vacina, um paliativo, uma solução para este combate que tem ceifado vidas ao redor do mundo.
Infelizmente no Brasil, além das dificuldades inerentes ao nosso enorme território, com diferenças extremas nos usos e costumes de Norte a Sul, ocorrem deficiências culturais e financeiras: há pessoas sensatas que compreendem a importância do confinamento, das máscaras, da proteção familiar... e outras que esbanjam ignorância, acreditam ser imunes ao vírus, contestam e desobedecem as autoridades sanitárias e as regras impostas pelos governantes.
Por outro lado, nosso país vive uma turbulência política desnecessária frente à pandemia. Presidente e governantes se digladiam diariamente discutindo sobre confinamento e abertura, sobre fechamentos de atividades ou suas liberações. Pior: o presidente entra em litígio com sua própria equipe, principalmente na área da saúde, tentando impor seus conhecimentos rudimentares sobre a forma do combate em uma ciência que lhe é obscura e desconhecida.
Os veículos de comunicação se regalam com o pandemônio derivado da pandemia. Assuntos não lhes faltam e os desentendimentos políticos fornecem um prato cheio para sua degustação. Há inclusive apresentadores e comentaristas da televisão que nitidamente faltam salivar de satisfação.
Portais e blogs a favor e contra o governo distribuem notícias a granel, inclusive as chamadas fake news.
Só resta aqui um comentário final: esta é e foi a política de sempre em nosso país. Ou o país não se chamaria Brasil.

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