sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

Medida Protetiva

 


As fracas atitudes da OTAN e da ONU em relação à covarde invasão do Putin me remete às medidas protetivas emitidas a favor da mulher.
Só blá-blá-blá.
Mulheres continuam sendo atacadas e mortas.
Putin continua impune.
A Ucrânia continua a ser atacada.
Para a OTAN e a ONU, a Ucrânia que se lixe.
Coitada da população!

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

A arte de distorcer os fatos

 

Fico pasmo com a facilidade (ou seria estupidez) com que certas pessoas distorcem fatos, notícias, acontecimentos. 
Algumas dessas pessoas o fazem por simples falta de discernimento do que foi dito ou transmitido.
Outras pessoas agem deliberadamente com má fé e finalidades escusas, para proveito próprio ou para favorecer terceiros.
A política é um prato cheio para estas manobras.
Não à-toa existe em Brasília o chamado "Gabinete do Ódio". Diariamente são produzidas dezenas de notícias absolutamente distorcidas da realidade, sejam publicações, sejam vídeos que incluem partes de cenas e falas pinçadas de um todo (mas que visivelmente têm a finalidade de massacrar rivais) e que buscam favorecer o incompetente que detém o poder.
Aqui em Londrina ocorre o mesmo: um pequeno grupo de pessoas ligadas à comunicação tenta "vender seu peixe" (insalubre, fétido, com data de validade vencida
), inserindo posts, vídeos e utilizando indiscriminadamente o Whatsapp, sem analisar a realidade dos fatos ou os distorcendo deliberadamente.
Nós, brasileiros, somos de muito boa fé. Exemplo maior nos é mostrado quando ocorrem calamidades e tragédias, como a de Petrópolis. Centenas e centenas de pessoas se mobilizam para ajudar nas buscas, enviar donativos, sensibilizar comunidades e demonstrar solidariedade.
Solidariedade que falta nos propagadores de informações distorcidas e falsas.
Até quando?

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

Não foi apenas culpa da natureza

 

Quando me sentei para escrever este breve texto, já se contabilizavam quase 60 mortos na tragédia das chuvas em Petrópolis, na Região Serrana do Rio. 
Houve deslizamentos de terra por toda a cidade. E o trabalho de resgate continuava. Em seis horas, choveu o esperado para o mês inteiro. 
Mas não foi apenas a quantidade de chuva que causou tantas vítimas. Assim como ocorreu em Minas Gerais e em outros estados.
A culpa é da incompetência dos governantes. 
Da falta de controle sobre as fragilidades e os perigos que certas áreas oferecem à população. 
Da sua incapacidade de gerenciar construções clandestinas, precárias e erguidas em áreas sabidamente de risco. 
Da falta de sensibilidade em relação a um enorme contingente de pessoas abandonadas à própria sorte, muitas delas banidas das opções que a sociedade oferece, desempregadas, algumas sem instrução e que procuram um local qualquer - qualquer que seja - para erguer sua casa ou casebre.
Da falta de vontade política para construir e entregar casas populares, de baixo custo e até a custo zero.
Ah! Ao abrigo das intempéries, entre comes e bebes, um champanhezinho, eventualmente uma porção de caviar, suas excelências vereadores, prefeitos, deputados, senadores e ministros se reunem com mordomias, altos salários e totalmente alheios ao que se passa no Brasil. 
No nosso Brasil!

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

Istas X Ocas, Eiros X Enses

 

Não importam os prefixos que antecederiam os istas, ocas, eiros, enses e tantos outros sufixos.
As rivalidades existem. Sejam políticas, regionais, futebolísticas ou partidárias.
Nos Estados Unidos, a grande exacerbação levada ao conhecimento do mundo é a rivalidade entre Anos X Atas, isto é, Republicanos X Democratas.
No Brasil as rivalidades dominam principalmente na política e no futebol.
Em ambos os casos, não é incomum a rivalidade se transformar em discussões exacerbadas, brigas e até mortes.
Fico abismado quando vejo eventos políticos que juntam seguidores antagônicos, obrigando muitas vezes a intervenção da polícia e da cavalaria, restando fumaça, destruição e feridos - quando não mortos.
Fico impressionado com a paixão de certas pessoas, que se juntam em grupos para louvar um time de futebol - mesmo fora de campo -  em aeroportos, saídas de estádios, nas portas dos clubes, os chamados fãs que faltam ao trabalho e gastam fortunas em viagens e locomoções apenas para se aproximar dos seus ídolos.
Não compreendo o grau de rivalidade entre torcedores de clubes, que chegam a atacar, ferir e até matar torcedores de clubes rivais nas ruas, nas estações de metrô e de trens.
Como funcionam estas cabeças? 
Talvez fosse necessário ressuscitar Freud para nos explicar.

Foto de Mauro Horita

segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

Ser idoso...

 

Acidentes, atropelamentos, assaltos, crimes e golpes que envolvem pessoas de mais idade são sempre tratados com os títulos "idoso é atropelado" idosa é assaltada", "idoso sofre golpe"...
Os idosos perdem suas identidades. Passam a ser simplesmente idosos. Não importa o que são ou o que foram. Médicos, engenheiros, psicólogas, dentistas, avós, arquitetos... tudo desaparece sob o rótulo "idosos".
Nós, que somos da "melhor idade", precisamos lançar uma campanha alertando os veículos de comunicação que tanto prezam e adoram usar esta palavra.
Somos viventes, tais como os jovens. Somos seres pensantes. Somos ou fomos produtivos. Temos nomes, endereços e personalidades.
Será que os Cid Moreira, Faustão, Glória Maria, Ana Maria Braga, Galvão Bueno, Serginho Groisman e tantos outros "famosos" também serão chamados de "idosos" pelos veículos de comunicação no dia em que - oxalá jamais ocorra - sofrerem acidentes, atropelamentos, assaltos ou golpes?

Falar é fácil, mas apresentar soluções...

 

Fico abismado quando ouço esse pessoal que já está se lançando a cargos eletivos para presidente, governadores, senadores, deputados, prefeitos e quejandos.
Todos, sem exceção, são especialistas em apontar os erros, problemas e omissões que ocorrem no Brasil ou na sua esfera geográfica local: desemprego, infraestrutura, pobreza, moradias, transporte, estradas, economia, combustíveis, energia, educação... e por aí vai. Tudo o que nós já estamos carecas de saber.
Infelizmente não ouvi nenhum destes candidatos apresentar soluções. Como alavancar a economia? Como acabar com o desemprego? Qual a fórmula mágica para acabar com a pobreza/miserabilidade? Qual o plano para disseminar moradias dignas? Como equacionar melhor o transporte rodoviário/ferroviário? Como garantir a educação e a frequência dos alunos às salas de aula? Como reduzir o custo dos combustíveis e da energia? Quem pretende reduzir o número de deputados, senadores e aspones? O que propor para a eliminação da corrupção? Como despolitizar as interferências interinstituições? Como oferecer transparência à política externa, às contas públicas, aos atos administrativos? Quem vai terminar com nomeações de apadrinhados? Quando será exigido atestado de capacitação para cargos federais, estaduais e municipais?
São tantas as perguntas que precisaríamos de muito mais espaço para sua continuação.
Enquanto isso... pobre Brasil!
JEB