“A violência
é tão corriqueira, que muitos homens não a identificam. É uma geração que foi
criada para não levar desaforo para casa.”
Fernando Acosta, psicólogo
É difícil compreender o que motiva um homem ou uma mulher a
praticarem agressões, brigas e até homicídios entre si, terminando seus
relacionamentos amorosos, muitos deles de longa data, de forma tempestuosa e extremamente
cruel. As estatísticas nos mostram que não há padrões definidos nestes
relacionamentos: são desde namorados, amantes, companheiros e noivos, até
casados ou adúlteros.
Também não existem faixas de idade específicas, apesar de
ocorrerem mais casos entre pessoas que ainda não atingiram a meia-idade. As desavenças
ocorrem em todas as faixas etárias, independentemente do tempo que os casais se
conhecem.
As mesmas situações ocorrem em todas as classes sociais, desde
pessoas ricas, bem de vida e profissionalmente respeitadas, até nas camadas
mais miseráveis das periferias.
Apesar de imaginar que somos suficientemente lúcidos para
entender as explicações teóricas de psicólogos e psicanalistas, a maioria de
nós não consegue se colocar em uma situação dessas, onde agressividade,
histeria, armas e sangue subitamente passam a fazer parte do violento cenário.
Algumas agressões e assassinatos analisados foram arquitetados
antes do evento. Nesses casos, o perfil estudado pelos especialistas indica frieza,
insensibilidade e falta de valores, muitas vezes chegando a personalidades
psicóticas.
Grande número de casos é motivado pela bebida ou pelas
drogas que o agressor – ou o casal – ingeria.
Ciúmes ou rejeição também surgem frequentemente no processo
de deterioração de uma união, ocorrendo perseguições, espancamentos, brigas e
até assassinatos, arruinando vidas, dividindo famílias, na maioria das vezes
perdendo o contato com seus filhos e passando anos a fio em uma prisão.
JEB
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